Steve Bannon, em 2017. [fotografo]Gage Skidmore via Flickr[/fotografo]
O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, concedeu 73 "perdões presidenciais" e 70 conversões de pena no início da madrugada desta quarta-feira (20), em seu último dia de mandato. O principal nome da lista é o de seu ex-assessor e formulador ideológico,
Steve Bannon, favorecido com o perdão total.
Prestes a deixar a Casa Branca, Trump se valeu de uma previsão na Constituição do país que permite ao presidente editar perdões de pena para qualquer crime a qualquer pessoa, exceto crimes de
impeachment. É comum a presidentes concederem perdões em fim de mandato, mas não no volume dado pelo republicano.
Bannon - que também é próximo da família
Bolsonaro - foi preso em agosto do ano passado acusado de fraude ao levantar recursos de doadores para a construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Bannon foi preso em um iate avaliado em US$ 150 milhões, de propriedade de um empresário chinês e solto após pagar uma fiança equivalente a R$ 27 milhões.
Além de Bannon - que ocupou cargo estratégico dentro da Casa Branca no primeiro ano de Trump, até ser demitido -, entraram na lista dos perdoados Elliott Broidy, um doador republicano acusado de lobby para autoridades chinesas e malaias, e o rapper Lil Wayne, preso por posse ilegal de arma de fogo.
Em dezembro, Trump já havia concedido perdão presidencial a antigos aliados, tais como seu estrategista político Roger Stone, o seu ex-gerente de campanha Paul Manafort e o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn.
O republicano deixa a Casa Branca hoje, quando
Joe Biden será empossado presidente. Trump não participará da cerimônia de transmissão do cargo e insiste no discurso de que perdeu porque a eleição foi fraudada.
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