As pesquisas apontam para o pior momento da vida de Jair Bolsonaro [fotografo]Reprodução/YouTube[/fotografo]
O presidente da República indicou, nesta quinta-feira (8), que não vai responder aos pedidos da CPI da Covid para que confirme ou negue as afirmações do deputado
Luis Miranda (DEM-DF) sobre a vacina da Covaxin. Em sua live semanal,
Jair Bolsonaro indicou que não cooperará com a comissão de senadores, e acusou o relator da comissão,
Renan Calheiros (MDB-AL) de estar alinhado a seu principal opositor nas eleições de 2022.
"Você sabe qual é a minha resposta, pessoal? Caguei. Ca-guei para a CPI", respondeu o presidente.
"Eu não vou responder nada pra esses caras", disse Bolsonaro, acompanhado do ministro da Ciência e Tecnologia,
Marcos Pontes. "Eu não vou responder nada para este tipo de gente, em hipótese alguma, que não estão preocupados com a verdade. Eles querem desgastar o governo porque...o Renan, por exemplo, é aliadíssimo do Lula, à volta do Lula a qualquer preço. Por isso, não vou responder CPI para esses caras."
Bolsonaro ainda reclamou que a CPI não atuou para diminuir o alto número de mortes pela pandemia - causado, de acordo com senadores e testemunhas ouvidas pela CPI, pela má condução, por parte do próprio presidente, do seu governo durante a pandemia de
covid-19. Ele também chamou os senadores de patifes e "CPI de Picaretas", chamou Renan de "imbecil" e o vice-presidente da comissão,
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de "analfabeto".
A fala de Bolsonaro ocorre no mesmo dia em que duas pesquisas indicam que o presidente está no pior nível de aprovação desde o início da pandemia, com o Datafolha e a XP/Ipespe indicando
mais um índice de desaprovação superior a 50%. Ao mesmo tempo, a CPI da Pandemia avança sobre a suspeita de que Bolsonaro não agiu ao saber que haviam irregularidades na compra de vacinas, que poderia envolver membros do Ministério da Saúde e o líder do seu governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Hoje,
a CPI enviou uma carta para que Bolsonaro confirme ou negue as acusações de Luís Miranda de que o presidente foi avisado por ele e por seu irmão, Luís Ricardo, de irregularidades na compra da Covaxin. "Tomamos esta medida de maneira formal, tendo em vista que hoje, após 13 dias, Vossa Excelência não emitiu qualquer manifestação afastando, de forma categórica, pontual e esclarecedora, as graves afirmações atribuídas à Vossa Excelência, que recaem sobre o líder de seu governo", pontua a carta assinada pelo presidente da CPI,
Omar Aziz (PSD-AM).
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