Dr. Jairinho, em sessão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro [fotografo]Câmara Municipal do Rio de Janeiro[/fotografo]
A Câmara dos Vereadores do
Rio de Janeiro se reunirá, nesta quinta-feira (8) para debater o futuro do vereador dr. Jairinho (Solidariedade) dentro da Casa. O parlamentar foi preso no início da manhã de hoje, acusado do assassinato de Henry Borel, de quatro anos de idade, ocorrido no mês de março. A mãe da criança também foi presa pela Polícia Civil.
Em comunicado, a Câmara afirmou que tratará da questão "com a responsabilidade que o caso exige". O comunicado não cita o que a Casa fará, mas indica que pode vir a cassar o mandato do parlamentar. "Embora inexista até o momento representação formulada no Conselho de Ética, será dada toda celeridade que o caso exige", afirma a nota oficial.
Dr. Jairinho irá ficar sem salários a partir de hoje. A partir do trigésimo dia, caso seja mantido preso, é afastado do cargo, por previsão no regimento da Casa.
Entre parlamentares na Casa, apenas parlamentares de partidos de esquerda se manifestaram. Nomes como o do ex-prefeito da cidade, Cesar Maia (DEM), o ex-senador
Lindbergh Farias (PT) e de Carlos Bolsonaro (Republicanos) não se manifestaram.
A representação do
PSOL na Câmara Municipal do Rio de Janeiro também anunciou que pressionará para que o Conselho de Ética da Casa se reúna imediatamente para analisar o afastamento do vereador.
Para o vereador
Chico Alencar, que é do PSOL, a Justiça deve ser provocada pela Casa a tomar uma decisão cautelar - isto é, provisória - a respeito do afastamento do vereador de suas funções.
Alencar também apontou que devem ser tomadas medidas internas ao legislativo municipal sobre a questão: "Vamos elaborar também uma representação, a partir dos dados do inquérito, para que haja um processo de cassação do mandato", disse o parlamentar. "Um crime do qual Jairinho é acusado é hediondo, abominável, com indícios muito robustos e prisão decretada - e a câmara não pode se omitir desse problema."
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